A escolha profissional tem sido um grande dilema para os jovens, que se sentem pressionados a descobrir a sua vocação e conciliá-la com uma carreira promissora, o que quer que isso signifique: remuneração, empregabilidade, status e realização pessoal.
A vocação, termo de origem latina que significa chamado, é um processo de desvendar as potencialidades, explorando os recônditos da Alma e experimentando a sua expressão no mundo. Não se trata de um processo passivo, de sentar-se em uma caverna e aguardar o momento glorioso de ouvi-lo, clamando para ser compreendido.
É um processo de autoconhecimento combinado com o experimentar, teoria e prática unificadas. Algumas das nossas potencialidades se revelam cedo, na infância, outras não, demoram a florescer. No entanto, ambas são importantes. As que se manifestam na criança podem ser reminiscências da Alma e traduzirem a essência daquele ser, que deseja servir ao mundo de um modo específico porque se realiza assim enquanto potência. Aquelas que tardam a se manifestar, por sua vez, podem ser da natureza do vinho e necessitam de um tempo maior para assumir sua singularidade. São tímidas, mas nem por isso, menos importantes. Há quem diga que o chamado pode ser encontrado no que mais tememos, no que está oculto dentro de nós, engarrafado e protegido por uma rolha.
O meio mais seguro para encontrar o chamado é sacar essa rolha da garrafa, por um processo denominado autoconhecimento, uma jornada interior. Felizmente, existem alguns guias que podem auxiliar nesse processo: terapias, orientação vocacional e astrologia.
A vantagem da Astrologia é a de mediar símbolos do inconsciente, proporcionando o encontro experiencial consigo mesmo. Não se trata de um relato sobre si, é: sentir, intuir, compreender e tocar o seu âmago simultaneamente. Além disso, vários aspectos relacionados à carreira podem ser observados, analisando as casas e o elemento terra do mapa astral, que muitas vezes, se confundem com o chamado. São desejos legítimos de segurança, reputação, e reconhecimento, os quais devem ser considerados, mas que não substituem o encontro com o chamado. Prepare-se para ouvir a si mesmo.