Recentemente, ganhou grande repercussão na mídia o caso de um candidato a uma vaga de emprego que foi recusado pelo contratante pelo fato dele ter nascido no signo de Touro
Ainda segundo a notícia, este contratante não contratava pessoas desse signo. Infelizmente os motivos não foram esclarecidos.
Esse é um exemplo do mau uso da Astrologia, atribuindo um preconceito, aqui no sentido de ideia pré-concebida, como também discriminatória, porque provavelmente tem como base estereótipos difundidos sobre o signo por horóscopos sem fundamento na tradição da Astrologia.
O mapa astral é um conjunto de fatores que deve ser analisado de forma conjunta, seguindo a máxima “o todo é maior do que a soma de suas partes”. Ademais, todos os signos estão presentes em uma carta astrológica, de forma que o signo de Touro, mesmo dos que não nasceram neste signo solar, rege alguma área da vida do candidato analisado.
Dessa forma, não faz sentido selecionar um candidato apenas pelo seu signo solar, sem considerar o mapa como um todo.
E mesmo quando se avalia o mapa integralmente, questiono se é ético fazê-lo quando tal fato contraria o sistema de crenças do candidato. Se a Astrologia é usada na seleção de pessoas, porta de entrada da empresa, deve ser coerente com os valores da empresa. Por que usar essa ferramenta na seleção, sem aplicá-la para os gestores como processo de autoconhecimento e avaliação?
O quanto esse contratante que repudiava taurinos conhece a respeito do seu próprio mapa astral? E ainda, a empresa conhece o seu mapa empresarial?
A Astrologia pode ser uma ferramenta útil e poderosa para o autoconhecimento e pode ajudar muito no processo de formação de equipes, prevenindo possíveis conflitos, mas principalmente, alavancando os pontos fortes de cada membro do time.
No entanto, a Astrologia, como qualquer outra ferramenta de seleção, deve ser usada de forma ética e coerente com os valores da empresa que adota esse procedimento.