O mapa astral é dividido em 12 casas, que representam diferentes áreas da vida. As casas do elemento Terra podem ser associadas genericamente ao mundo do trabalho: casa 2, casa 6 e casa 10.
A casa 2 está relacionada com a vida financeira, então indica como você obtém recursos por meio do trabalho, é o “ganha pão”. A casa 6 está relacionada com o aperfeiçoamento desenvolvido por meio da rotina de trabalho/serviço. Por fim, a casa 10 mostra nosso lugar no mundo, no sentido de vocação (chamado) e profissão (professar uma fé, arte ou ofício).
O mundo do trabalho, neste artigo, compreende três elementos: tarefa, carreira e vocação. Cada um dos elementos está associado a recompensas específicas, que podem vir a se sobrepor, de acordo com Martin Seligman, autor do livro “Felicidade autêntica”.
Para o autor, a tarefa está relacionada com ganho financeiro, ou seja, executar atividades em troca de pagamento, sem outras recompensas associadas, representada na Astrologia pela casa 2. Neste caso, a vida profissional cumpre o papel de sustento. O signo que ocupa a cúspide da casa 2 no seu mapa, indicará quais os meios mais adequados para ganhar dinheiro e como você lida com a vida financeira.
A carreira, no sentido de desenvolvimento profissional em um determinado ambiente, se relaciona com a casa 6. Seligman vincula a carreira a um investimento pessoal profundo no trabalho. A recompensa vai além do dinheiro obtido, fixando-se no progresso em termos de melhoria contínua e promoções.
A casa 10 no mapa astral, ou Meio-do-Céu representa a vocação. Nesse estágio, para Seligman, o trabalho é fator de realização per si, mesmo que não seja recompensado por dinheiro ou promoções.
O autor apresenta um exemplo curioso. Um médico orientado pela tarefa, no sentido de ver seu trabalho como uma fonte de renda, não tem vocação. Por sua vez, um gari que veja seu trabalho como uma missão de tornar o mundo um lugar mais limpo e saudável para se viver, tem uma vocação.
O médico do exemplo, em algum ponto da vida poderá ter uma crise existencial, questionando o seu legado. O gari, no entanto, se sentirá realizado, mesmo que a sua profissão não obtenha um salário alto.
Quem nunca ouviu falar do “Renato Sorriso”, o gari estrela do sambódromo do Rio de Janeiro? Se, por acaso não o conhece, recomendo que assista esse vídeo:
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=cHAew_Ffllo&feature=youtu.behttps://www.youtube.com/watch?v=Kl9I6hurLxc
O mapa astral tem a forma de um círculo. Para se sentir pleno, todas as casas devem ser ativadas. Só assim a roda pode girar.
Nenhuma casa pode ser negligenciada. Não basta ter dinheiro e prestígio no trabalho, é preciso atender o chamado e exercer o seu papel no mundo, a sua missão. Curiosamente, quando o foco é a vocação, as outras casas também são estimuladas com verdadeiros milagres e o impossível acontece.
Renato Sorriso é um exemplo disso. Um gari que viajou pelo mundo, ganha dinheiro extra como palestrante para empresas e é reconhecido pela sua atuação vocacionada. E ainda continua gari, com muito amor e carinho, segundo suas palavras.
A Astrologia pode ajudar você entender como impulsionar as casas do teu mapa, relacionadas ao dinheiro, trabalho e vocação, indicando caminhos para a realização plena.