
Carl Jung, fundador da Psicologia Analítica, considerava que enquanto o indivíduo não se torna consciente, o inconsciente será chamado de destino e governará a sua vida.
Grande parte daquilo que se acredita como intercorrência imprevisível da vida, é, na verdade, resultado de uma atitude passiva diante do desafio de desvendar a si mesmo.
Então, em vez de atuar como timoneiro do próprio navio, o indivíduo navega à deriva, tropeçando em icebergs e tempestades.
Se a tua vida fosse um filme, você seria o protagonista ou o coadjuvante? A chave mestra para responder essa questão é: depende do nível de autoconhecimento.
O coadjuvante ainda não sabe para que veio, o que quer e para onde ir. Não tem contato com os anseios profundos e singulares da Alma, seguindo a multidão e o que é socialmente determinado como desejável para obter respeito e sucesso.
O protagonista é aquele que iniciou a jornada do autoconhecimento, enfrentando os desafios da sua própria obscuridade em busca da sua luz própria, do rumo e significado único da vida, desvendado pelo encontro com a Alma.
Enquanto o autoconhecimento não for cultivado, o destino é soberano. Esse cultivo pode se viabilizar por inúmeros caminhos: terapêuticos, espirituais, religiosos etc. Existe um arsenal de ferramentas que auxiliam esse processo e se valer dessa ajuda pode ser muito útil.
No entanto, nenhuma ferramenta deve ocupar o lugar do inconsciente, no sentido de assumir o papel de destino determinante, algo como dizer: “- sou assim e pronto.”
Não, nada está pronto na Natureza, todo o Universo está em constante evolução. O autoconhecimento não tem a finalidade de justificar sua natureza, mas sim, de parâmetro para estabelecer um projeto de desenvolvimento, o qual é, sem dúvida, sua grande missão no mundo: despertar o diamante. Nascemos carvão, mas o nosso potencial é ser diamante.
E a única forma de atingir a plenitude desse potencial é o autoconhecimento.
“Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.”
Templo de Delfos, Grécia Antiga