Os termos ocultismo e misticismo costumam ser empregados para designar dois processos complementares de evolução espiritual, de acordo com a autora Alice Bailey.
O conceito de ocultismo não se relaciona com aquilo que é secreto, mas sim, com o que não é perceptível pelos sentidos, porém pode ser apreendido pela mente. Um exemplo disso é a lei da gravidade que não pode ser vista, tocada ou ouvida, mas a sua existência pode ser compreendida pela mente.
A palavra misticismo, por sua vez, deriva de mistério, algo que transcende o entendimento, mas que pode ser vivenciado e experenciado no campo das emoções.
Por essa razão, o misticismo ficou conhecido como o caminho do coração, no qual valoriza-se a intuição e o contato com o Transcendente. Atuando de maneira complementar, o ocultismo é denominado de caminho da razão, em que predomina o entendimento e o manejo das leis relacionadas ao transcendente.
A evolução espiritual desenvolvida em ambos os caminhos, significa um processo de autotransformação, autocontrole e autoconhecimento, representando um processo com sucessivas integrações entre as várias partes internas do indivíduo (esoterismo), bem como, entre este e o seu entorno (exoterismo).
Embora o aspirante ao desenvolvimento espiritual escolha um dos caminhos a seguir, Bailey ressalta a complementariedade entre eles, de forma que o místico deverá complementar o seu aprendizado com a compreensão do oculto, assim como o ocultista deverá lapidar a intuição e vivenciar o mistério.
A devoção direcionada ao guru na Índia pode ser um exemplo de misticismo e as antigas ordens medievais que preservavam os conhecimentos de construção das catedrais, como ocultas. Em geral, é comum atribuir o caminho do coração ao Oriente e o da cabeça ao Ocidente. No entanto, a sabedoria só pode ser encontrada por meio da integração de ambos, ainda segundo Bailey.
Por qual caminho você quer começar a tua evolução espiritual?