Pesquisas recentes no campo da Neurociência revelam que o cérebro humano antecipa o resultado, mas não vislumbra o esforço necessário para atingir a meta.
Imagine que o seu desejo fosse escalar o Monte Everest no Himalaia, o pico mais alto do mundo. Mesmo sem ser alpinista, o seu cérebro consegue, com facilidade, visualizá-lo no topo da montanha com mais 8 mil metros de altura. Contudo, não é capaz de mensurar adequadamente o tamanho do esforço e o tempo para a escalada.
Dessa forma, o cérebro tende a subestimar o esforço necessário para realizar algo. Para a nossa mente, persiste um pensamento mágico em que desejar equivale a realizar. Assim, a antecipação dos benefícios pode se tornar uma armadilha diante do primeiro obstáculo que surgir pelo caminho.
Se o esforço não foi calculado, o ar ficar rarefeito das altitudes pode representar um obstáculo intransponível e que a meta sonhada é inalcançável. Então, a frustração e o desânimo podem ser mais fortes do que o desejo. O esforço fica maior do que o benefício a ser conquistado.
Por isso, grandes conquistas exigem não só planejamento, mas também astúcia. É preciso enganar o seu cérebro. Visualize o resultado final, a vitória e depois antecipe de forma exagerada todo o esforço necessário. Além disso, também imagine tudo o que pode dar errado. Com tudo isso em mente, se organize para superar cada obstáculo e aceite aqueles riscos impossíveis de mitigar como fator do destino. Pronto! Você está blindado para não se frustrar! Agora visualize novamente o seu topo da montanha, você no alto e faça o caminho inverso até chegar no primeiro passo. Sorria. Você vai chegar lá.